terça-feira, 11 de março de 2014

EDUCAÇÃO ESCOLAR DAS PESSOAS COM SURDEZ

Refletindo sobre as leituras realizadas percebe-se que tem ocupado um lugar de destaque as discussões entre os gestualistas e os oralistas em prol da educação das pessoas com surdez, enquanto as discussões ficam nesse confronto as pessoas com surdez não tem o seu potencial individual e coletivo desenvolvido.
Uma nova política de educação no Brasil vem surgindo com propostas de educação inclusiva onde as pessoas com surdez passam a ser vistas com outro olhar ou seja são valorizadas as suas potencialidades,porém muitas questões ainda devem ser revistas principalmente no ambiente escolar,este deve viabilizar condições para o acesso aos níveis mais elevados de ensino considerando que este aluno tem condições e um grande potencial que deve ser valorizado. De acordo com Damázio & Ferreira, 2010 p.47:
“acreditamos na nova Política Nacional de Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, e não coadunamos com essas concepções que dicotomizam as pessoas com ou sem deficiência, pois antes de tudo, por mais que diferentes nós humanos sejamos sempre nos igualamos na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas interações por sermos humanos”.
Enfim esta é uma proposta que não separa a pessoas ouvintes das pessoas com surdez que negligencia o potencial e a capacidade que elas possuem, assim rompendo com o embate gestualista e oralista.
Nesse contexto o AEE PS veio contribuir para esses avanços, organizando o trabalho complementar para a classe comum, visando a autonomia e reconhecendo a capacidade desse ser humano,onde as diferenças serão respeitadas,considerando a obrigatoriedade dos dispositivos legais que determinam o direito de uma educação bilíngue,em que Libras e Língua Portuguesa escrita constituam línguas de instrução no desenvolvimento de todo o processo educativo.Assim o AEE PS visa,atender todos os alunos da escola regular transformando a pratica pedagógica excludente em pratica inclusiva,dessa forma precisa ser pensado em redes interligadas sem hierarquização de conteúdos,sem dicomizações, mas de uma forma conectada entre o pensar e o fazer pedagógico.
Assim o professor e o aluno com surdez vão interagir com a sala de aula comum, produzindo conhecimentos, a partir de novas práticas, levando em conta as vivências que o ser humano tem e o aluno com surdez se sentira situado e terá mais facilidade de compreender os conteúdos estudados.

REFERÊNCIAS
Damázio, M. F. M. & Ferreira J. P. Educação Escolar de Pessoas com Surdez – Atendimento educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão do  Ministério da Educação, jan/jul 2010.

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