Refletindo sobre as
leituras realizadas percebe-se que tem ocupado um lugar de destaque as
discussões entre os gestualistas e os oralistas em prol da educação das pessoas
com surdez, enquanto as discussões ficam nesse confronto as pessoas com surdez
não tem o seu potencial individual e coletivo desenvolvido.
Uma nova política de
educação no Brasil vem surgindo com propostas de educação inclusiva onde as
pessoas com surdez passam a ser vistas com outro olhar ou seja são valorizadas
as suas potencialidades,porém muitas questões ainda devem ser revistas
principalmente no ambiente escolar,este deve viabilizar condições para o acesso
aos níveis mais elevados de ensino considerando que este aluno tem condições e
um grande potencial que deve ser valorizado. De acordo com Damázio &
Ferreira, 2010 p.47:
“acreditamos na nova
Política Nacional de Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, e não coadunamos
com essas concepções que dicotomizam as pessoas com ou sem deficiência, pois
antes de tudo, por mais que diferentes nós humanos sejamos sempre nos igualamos
na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas interações por sermos
humanos”.
Enfim esta é uma proposta
que não separa a pessoas ouvintes das pessoas com surdez que negligencia o
potencial e a capacidade que elas possuem, assim rompendo com o embate
gestualista e oralista.
Nesse contexto o AEE PS
veio contribuir para esses avanços, organizando o trabalho complementar para a
classe comum, visando a autonomia e reconhecendo a capacidade desse ser
humano,onde as diferenças serão respeitadas,considerando a obrigatoriedade dos
dispositivos legais que determinam o direito de uma educação bilíngue,em que
Libras e Língua Portuguesa escrita constituam línguas de instrução no
desenvolvimento de todo o processo educativo.Assim o AEE PS visa,atender todos
os alunos da escola regular transformando a pratica pedagógica excludente em
pratica inclusiva,dessa forma precisa ser pensado em redes interligadas sem
hierarquização de conteúdos,sem dicomizações, mas de uma forma conectada entre
o pensar e o fazer pedagógico.
Assim o
professor e o aluno com surdez vão interagir com a sala de aula comum, produzindo
conhecimentos, a partir de novas práticas, levando em conta as vivências que o
ser humano tem e o aluno com surdez se sentira situado e terá mais facilidade
de compreender os conteúdos estudados.
REFERÊNCIAS
Damázio,
M. F. M. & Ferreira J. P. Educação Escolar de Pessoas com Surdez –
Atendimento educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão do Ministério da Educação, jan/jul 2010.